Vai, não vai, blá blá blá, limpar a casa, plantar flores, mas vem, sono, de pijama, palavras trocadas, vá lá, tomar banho obrigatório, ok já estou a ir, beijinho beijinho, trim trim, olá olá, busca a miuda, falta a cadeirinha, olha elas, tão giras, mais miminhos. Talão, mas que grande lata, a seguir à curva, até já.
Duas kangoos, trânsito giro, miuda dorme, miudo joga, blá blá blá. O mar é lindo, flores amarelas, vamos por ali, vira à direita, mudaram de ideias, vira à esquerda, mímica, rapidinha e estaciona.
Pessoas giras por todo o lado, cães giros por todo o lado, miudos giros por todo o lado.
Esplanada cheia, o nosso miudo giro tem a ideia mais maravilhosa do mundo.
Piquenique na praia. Tostas, batata palha, areia macia, toalhas com peixinhos, manta com poderes especiais, gorros e óculos de sol. Baldes, pás, buracos e blá blá blá. Sonhos, viagens, vidas. As nossas. hhahhahahha e blá blá blá. Não sejam chatinhos. Ainda agora me descalcei, buscar água no regador, assoar narizes, vestir casacos. Café, calça os ténis, não te volto a dizer, fotos pirosas. Rebuçados e eu que não tinha vontade de ir, e eu que tinha tantaaa coisa para fazer e eu que bem vos disse.
Sol. O tempo parou... temos esse poder.
Lolitar.
(do latim aparvalhare, um)
v. int.
1. Acto de fazer lolitagens;
2. Deitar cá para fora amarguras, irritações, parvoíces e palavras pirosas do coração;
3.O mesmo que esticar o cabelo na marquise da Rosa.
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
É a vida, lolitas
... a sério. é a vida. são as indecisões de hoje e as certezas de amanhã. são as lágrimas e as angústias de hoje e os abraços de amanhã. o odiar o mundo hoje e amar tudo e todos amanhã. faz parte.
andamos numa fase em que precisamos de colo e fugimos umas das outras. temos coisas por dizer umas às outras. temos gritos para atirar umas às outras. temos olhares para trocar umas com as outras. já fizémos as máscaras, chegou o momento de as tirar. eu não quero viver de máscaras. quero viver com peitos onde me encostar. quero poder deitar-me na areia quente com vocês ao meu lado e não ser preciso dizer nada. só estarmos e estarmos e deixarmo-nos estar mais um bocadinho. fazer com que o mundo páre...
andamos numa fase em que precisamos de colo e fugimos umas das outras. temos coisas por dizer umas às outras. temos gritos para atirar umas às outras. temos olhares para trocar umas com as outras. já fizémos as máscaras, chegou o momento de as tirar. eu não quero viver de máscaras. quero viver com peitos onde me encostar. quero poder deitar-me na areia quente com vocês ao meu lado e não ser preciso dizer nada. só estarmos e estarmos e deixarmo-nos estar mais um bocadinho. fazer com que o mundo páre...
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Vocês sabem que eu leio muito, oiço muito e observo muito...
Odeio pensar que os pais e mães andam a dormir. Mas há dias em que assisto a coisas que me fazem pensar assim...
É porem-nos em frente à tv, sozinhos, como se a televisão substituisse por algum momento a companhia das pessoas de quem gostam;
É decidirem por eles de que clube são, de que religião são e que a maior parte dos conflitos se resolve ao pontapé;
É não se sentarem ao lado deles, não lerem com eles (mesmo que isso signifique bocejos sem fim - pelo menos da minha parte), não fazerem colagens com eles (mesmo que isso signifique terem que descolar papel do soalho de madeira), não fazerem desenhos com eles (mesmo que isso signifique terem que mandar os estofos do sofá para a lavandaria e aquela camisola gira como tudo passa a camisola interior), não cantarem com eles (mesmo que sintam que os vizinhos vos olham de maneira esquisita), não brincarem com eles (apesar do cansaço do dia de trabalho e o pó por baixo do carrinho de chá que não pára de aumentar).
Assisto a gritos, ameaças e puxões por tudo e por nada (se somos o modelo a seguir, fará algum sentido ser um modelo que perde a cabeça vezes sem conta?!); alimentam-nos mal (batatas fritas e chocolates às 8h30; fruta e sopa nem vê-los); não lhes dizem que os amam incondicionalmente e que são os melhores filhos do mundo.
A minha é! Todos os dias das nossas vidas, cada hora, cada milésimo de segundo.
E acima de tudo, gostar deles é não lhes mentir.
Acredito com todas as minhas forças que não é por dar um beijinho no dói-dói (invisível) no joelho, que ela vai ficar uma menina "mariquinhas". Às vezes também estamos tristes e queremos miminhos. O meu beijinho nos dói-dóis dela, a minha paciência à espera que a birrinha (seja no café, em casa ou no jardim) páre para podermos conversar, significam o meu amor por ela. Significa que estou aqui para ficar.
E assim me fico com a minha reflexão parental de hoje, enquanto penso em coelhinhos fofinhos.
É porem-nos em frente à tv, sozinhos, como se a televisão substituisse por algum momento a companhia das pessoas de quem gostam;
É decidirem por eles de que clube são, de que religião são e que a maior parte dos conflitos se resolve ao pontapé;
É não se sentarem ao lado deles, não lerem com eles (mesmo que isso signifique bocejos sem fim - pelo menos da minha parte), não fazerem colagens com eles (mesmo que isso signifique terem que descolar papel do soalho de madeira), não fazerem desenhos com eles (mesmo que isso signifique terem que mandar os estofos do sofá para a lavandaria e aquela camisola gira como tudo passa a camisola interior), não cantarem com eles (mesmo que sintam que os vizinhos vos olham de maneira esquisita), não brincarem com eles (apesar do cansaço do dia de trabalho e o pó por baixo do carrinho de chá que não pára de aumentar).
Assisto a gritos, ameaças e puxões por tudo e por nada (se somos o modelo a seguir, fará algum sentido ser um modelo que perde a cabeça vezes sem conta?!); alimentam-nos mal (batatas fritas e chocolates às 8h30; fruta e sopa nem vê-los); não lhes dizem que os amam incondicionalmente e que são os melhores filhos do mundo.
A minha é! Todos os dias das nossas vidas, cada hora, cada milésimo de segundo.
E acima de tudo, gostar deles é não lhes mentir.
Acredito com todas as minhas forças que não é por dar um beijinho no dói-dói (invisível) no joelho, que ela vai ficar uma menina "mariquinhas". Às vezes também estamos tristes e queremos miminhos. O meu beijinho nos dói-dóis dela, a minha paciência à espera que a birrinha (seja no café, em casa ou no jardim) páre para podermos conversar, significam o meu amor por ela. Significa que estou aqui para ficar.
E assim me fico com a minha reflexão parental de hoje, enquanto penso em coelhinhos fofinhos.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Cão que é cão
é o nosso melhor amigo.
Magali que é Magali é a nossa melhor amiga. Magali que é Magali é meio foca, meio toupeira, meio dartacão.
Olho para anos passados e ela esteve sempre connosco. Hoje foi ao médico e trouxe medicação. Não vale a pena fazer mais exames, os donos é que sofrem com as más notícias. Provavelmente é um tumor. Provavelmente vai reduzir-lhe o tempo de vida... ouvi isto tudo e senti que ouvi uma sentença de morte. Amanhã sei será diferente. Comprimido goela abaixo para continuares as traquinices anos a fio.
Porque fazes parte da nossa família. Nasceste no quarto onde eu cresci. Arrastavas-te enquanto os teus irmãos já corriam. Não te conseguimos resistir. Eras a mistura perfeita Essi-Bob. És.
Foste a única cadela que alguma vez conheci a obter o COB (certificado de obediência básica) aos saltinhos. Foste a única que se atreveu a disputar a minha barriga com a Laura (ora empurravas tu, ora empurrava ela) - não devias saber que há lugar para todos. És a cadela mais brincalhona, mais meiga, mais doce que eu conheço. Eras tu quem dormia debaixo do berço, desde o dia em que trouxémos a Laura da maternidade. És tu quem brinca com ela às comidinhas, a cheirar os pratinhos todos, na esperança de encontrar um biscoito perdido, enquanto a Essi vos guarda, não vá aparecer um bicho mau. E aos penteados. E ao "não puxes a trela, Magali! Oh mãe, olha ela!!" Adoro-te. Por isso deixa-te lá de doenças esquisitas e vem brincar!
Magali que é Magali é a nossa melhor amiga. Magali que é Magali é meio foca, meio toupeira, meio dartacão.
Olho para anos passados e ela esteve sempre connosco. Hoje foi ao médico e trouxe medicação. Não vale a pena fazer mais exames, os donos é que sofrem com as más notícias. Provavelmente é um tumor. Provavelmente vai reduzir-lhe o tempo de vida... ouvi isto tudo e senti que ouvi uma sentença de morte. Amanhã sei será diferente. Comprimido goela abaixo para continuares as traquinices anos a fio.
Porque fazes parte da nossa família. Nasceste no quarto onde eu cresci. Arrastavas-te enquanto os teus irmãos já corriam. Não te conseguimos resistir. Eras a mistura perfeita Essi-Bob. És.
Foste a única cadela que alguma vez conheci a obter o COB (certificado de obediência básica) aos saltinhos. Foste a única que se atreveu a disputar a minha barriga com a Laura (ora empurravas tu, ora empurrava ela) - não devias saber que há lugar para todos. És a cadela mais brincalhona, mais meiga, mais doce que eu conheço. Eras tu quem dormia debaixo do berço, desde o dia em que trouxémos a Laura da maternidade. És tu quem brinca com ela às comidinhas, a cheirar os pratinhos todos, na esperança de encontrar um biscoito perdido, enquanto a Essi vos guarda, não vá aparecer um bicho mau. E aos penteados. E ao "não puxes a trela, Magali! Oh mãe, olha ela!!" Adoro-te. Por isso deixa-te lá de doenças esquisitas e vem brincar!
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
parabéns à querida Verinha Mágica
nós gostamos da vera porque:
- comove-se sempre com as coisas mais tolas que dizemos, acha tudo bonito
- está sempre feliz mesmo quando nos convence que não está
- é a super mãe, criou a super filha
- é a super filha, está sempre a aprender com a mãe e vai estar sempre a aprender com ela e mostra que o amor de filha não tem limites e que, por extensão, o amor de mãe também não. E nós gostamos de saber isso.
- faz as melhores prendas, quando achamos que já não nos pode surpreender, pimba, lá está ela!
- tem o sofá onde toda a gente desabafa, que sabe mais segredos que qualquer outro sofá (o Rui também sabe mas finge sempre que não está a ouvir)
- Gosta de músicas que põem toda a gente bem disposta
- tem paciência para toda a gente, para nós, para a Laura, para pessoas para quem ela diz que não tem paciência, às escondidas...
- faz os bolos mais giros da terra.
- partilha comigo das melhores memórias da minha vida, nos tempos do Avante, da Gulbenkian, de quando me dizia que eu não podia ser tão menina e tão doce que tinha de me fazer à vida, da Coca-Cola, do opiário.
- gosta do Fante e do Bandini
- é amiga a sério, daquelas que sabemos que não se vai embora nunca, mesmo que às vezes estejamos à beira da luta na lama.
- é a maior, em suma.
- comove-se sempre com as coisas mais tolas que dizemos, acha tudo bonito
- está sempre feliz mesmo quando nos convence que não está
- é a super mãe, criou a super filha
- é a super filha, está sempre a aprender com a mãe e vai estar sempre a aprender com ela e mostra que o amor de filha não tem limites e que, por extensão, o amor de mãe também não. E nós gostamos de saber isso.
- faz as melhores prendas, quando achamos que já não nos pode surpreender, pimba, lá está ela!
- tem o sofá onde toda a gente desabafa, que sabe mais segredos que qualquer outro sofá (o Rui também sabe mas finge sempre que não está a ouvir)
- Gosta de músicas que põem toda a gente bem disposta
- tem paciência para toda a gente, para nós, para a Laura, para pessoas para quem ela diz que não tem paciência, às escondidas...
- faz os bolos mais giros da terra.
- partilha comigo das melhores memórias da minha vida, nos tempos do Avante, da Gulbenkian, de quando me dizia que eu não podia ser tão menina e tão doce que tinha de me fazer à vida, da Coca-Cola, do opiário.
- gosta do Fante e do Bandini
- é amiga a sério, daquelas que sabemos que não se vai embora nunca, mesmo que às vezes estejamos à beira da luta na lama.
- é a maior, em suma.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Tudo me parece patético...
Felizmente, não sinto isto muitas vezes por ano. Se bem que já começam a ser mais do que eram... O ano passado senti isto. Há dois anos também... Há três também... Há quatro, estava ocupada com as minhas lesões cerebrais e nem me lembro se se passou alguma coisa...
Eu que adoro fazer os bolos de aniversário dos outros, odeio fazer o meu. Odeio profundamente.
Mas já está tudo a postos, até porque detesto bolos de aniversário de cafés - não são feitos com amor e isso sente-se na falta de sabor. Já fui 3 vezes ao supermercado (fica sempre a faltar algum ingrediente), já li e reli 186780 receitas (para decidir qual a melhor e uma que não me faça perder a paciência). Já dispus o açúcar, os ovos, o chocolate e os enfeites pelo armário. Já limpei a bancada. Faltam as velas que são caras como tudo, já que me recuso a ter aquelas horrorosas com os números colados. Velas que são velas são muitas e esburacam o bolo todo (a boa notícia é tenho ajuda para as apagar, a todas, de uma só vez, apesar de isso implicar alguma baba em cima do bolo).
Para o jantar também está tudo bem encaminhado. Tudo preparado como seria de esperar de mim, sendo filha da minha mãe. Tudo para que o N. não se lembre que não foi ela que pôs a mesa, não foi ela que fez o bolo e nem é ela que se vai sentar ao nosso lado. Recebo as rosas que ela sempre me ofereceu, em todos os meus aniversários, desde que me lembro de ter dito "olha, adoro flores! Que giro. Nunca tinha pensado nisso."
Mas depois olho para a piolha, os olhinhos a brilhar de excitação porque a mamã faz anos amanhã. E o bolo vai barbies e flores (oh brother!). E o jantar é bacalhão (já que diz otorrinolaringologista melhor que muitos adultos, nem a corrijo, até porque me diverte)! E vou-te fazer um desenho com muitaaaaas cores! E quero passar o dia todo contigo (não fosse eu obrigada a trabalhar no dia do meu aniversário)! Ai que bom ai que bom! Que dia tão feliz que vai ser :)
E zás... as vossas vidas são assim tão frenéticas como a minha? Tanta coisa se pode viver e sentir num só dia, não é? É incrível...
Eu que adoro fazer os bolos de aniversário dos outros, odeio fazer o meu. Odeio profundamente.
Mas já está tudo a postos, até porque detesto bolos de aniversário de cafés - não são feitos com amor e isso sente-se na falta de sabor. Já fui 3 vezes ao supermercado (fica sempre a faltar algum ingrediente), já li e reli 186780 receitas (para decidir qual a melhor e uma que não me faça perder a paciência). Já dispus o açúcar, os ovos, o chocolate e os enfeites pelo armário. Já limpei a bancada. Faltam as velas que são caras como tudo, já que me recuso a ter aquelas horrorosas com os números colados. Velas que são velas são muitas e esburacam o bolo todo (a boa notícia é tenho ajuda para as apagar, a todas, de uma só vez, apesar de isso implicar alguma baba em cima do bolo).
Para o jantar também está tudo bem encaminhado. Tudo preparado como seria de esperar de mim, sendo filha da minha mãe. Tudo para que o N. não se lembre que não foi ela que pôs a mesa, não foi ela que fez o bolo e nem é ela que se vai sentar ao nosso lado. Recebo as rosas que ela sempre me ofereceu, em todos os meus aniversários, desde que me lembro de ter dito "olha, adoro flores! Que giro. Nunca tinha pensado nisso."
Mas depois olho para a piolha, os olhinhos a brilhar de excitação porque a mamã faz anos amanhã. E o bolo vai barbies e flores (oh brother!). E o jantar é bacalhão (já que diz otorrinolaringologista melhor que muitos adultos, nem a corrijo, até porque me diverte)! E vou-te fazer um desenho com muitaaaaas cores! E quero passar o dia todo contigo (não fosse eu obrigada a trabalhar no dia do meu aniversário)! Ai que bom ai que bom! Que dia tão feliz que vai ser :)
E zás... as vossas vidas são assim tão frenéticas como a minha? Tanta coisa se pode viver e sentir num só dia, não é? É incrível...
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