Devo dizer que a vida seria muito mais fácil se trabalhássemos sempre com lolitas & companhia. Ontem a querida sophia trabalhou comigo e essas duas horas deu para, a saber:
- fotografar cenas sem interesse
- fotografar cenas com interesse
- fotografar comida para a miúda ficar contente
- comer tempura de camarão com salda de pepino sésamo e menta, mexilhão ao vapor com molho de mirin e chili, requeijão de ovelha com picadinho de tomate e coentros com tostas de centeio escuro, bolo de chocolate amargo com bolachas quentes de pistachios e crème brulée com açúcar queimado
- beber cocktails
- fotografar coktails vermelhos contra paredes verdes
- desabafar que isto é moça que não via amigos há dias, o que significa mais ou menos uma eternidade
- fumar ao frio
- fazer contactos com o cozinheiro para fotografar mais comida que é o que se quer
- lançar boatos
- outros
Belo dia em que te raptei para "minha" fotógrafa não foi?
Lolitar.
(do latim aparvalhare, um)
v. int.
1. Acto de fazer lolitagens;
2. Deitar cá para fora amarguras, irritações, parvoíces e palavras pirosas do coração;
3.O mesmo que esticar o cabelo na marquise da Rosa.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Tudo o que se pode exigir de um sábado
Acordar com a piolha no meio de nós, bem disposta e a dar os bons dias com beijinhos e abraços.
A Essi e a Magali dançam sapateado no soalho e abanam as caudinhas, como que a pedir para irem ao jardim apanhar sol.
Pequeno-almoço no vale dos lençóis, banhinho e siga para a manhã mais desejada de toda a semana:
Tudo corre bem. Está sol. O meu pai vem beber café comigo e pomos a conversa em dia.
A Laura dança feliz e faz-me esquecer de todo o mal que existe no mundo. É a minha (nossa) fada da cor e da alegria.
Brincamos no autocarro que nos traz de volta a casa. Saímos na paragem para ir comprar massa de lacinhos, que tinha prometido para o almoço, e dançamos para atravessar a rua.
De volta a casa. A Laura é a mãe dos bebés e eu sou a avó, enquanto o almoço coze. Lemos-lhes a história da caracolinhos de ouro.
O pai chega e almoçamos. É tão bom estarmos juntos.
Mais uma saída. Não, o pai não pode vir connosco porque tem que ir trabalhar. Vamos ver a peça e depois contamos tudo ao pai.
Num dos 2 autocarros que apanhámos para chegar ao destino a Laura começa a esfregar os olhinhos. "Faz ó-ó, menina da mãe, faz ó-ó que o soninho já vem". Não consegue adormecer porque diz que as pessoas estão zangadas, falam alto e não se sente confortável. Nada que um colinho não resolva.
Na paragem seguinte, há um jardim. Apanhamos malmequeres para enfeitar o nosso ninho.
Mais um autocarro e chegámos.
Com os olhinhos a brilhar porque a mãe a levou ao teatro. Responde ao La Féria que não é bebé e entramos na sala.
Apagam-se as luzes e sussurra-me ao ouvido: não tenhas medo, mãe. É mesmo assim.
Bateu palmas do princípio ao fim da peça. Cantou, dançou, riu-se! Ralhou com um dos actores porque se sentou em cima das flores do cenário.
Tudo estava perfeito: o sítio do picapau amarelo que eu conheci estava ali. Consegui acreditar. Os adereços, os cenários, as músicas... tudo estava impecável! Comovi-me! Não quero parecer saudosista, mas sinto umas cóceguinhas na barriga quando a minha piolha vibra com as coisas que eu vibrei quando tinha a idade dela.
Saímos e cruzámo-nos com um palhaço: uma moeda em troca de um balão em forma de flor. Seguimos para o metro de regresso a casa. Passámos pelo jardim dos montes.
A Essi e a Magali dançam sapateado no soalho e abanam as caudinhas, como que a pedir para irem ao jardim apanhar sol.
Pequeno-almoço no vale dos lençóis, banhinho e siga para a manhã mais desejada de toda a semana:
Tudo corre bem. Está sol. O meu pai vem beber café comigo e pomos a conversa em dia.
A Laura dança feliz e faz-me esquecer de todo o mal que existe no mundo. É a minha (nossa) fada da cor e da alegria.
Brincamos no autocarro que nos traz de volta a casa. Saímos na paragem para ir comprar massa de lacinhos, que tinha prometido para o almoço, e dançamos para atravessar a rua.
De volta a casa. A Laura é a mãe dos bebés e eu sou a avó, enquanto o almoço coze. Lemos-lhes a história da caracolinhos de ouro.
O pai chega e almoçamos. É tão bom estarmos juntos.
Mais uma saída. Não, o pai não pode vir connosco porque tem que ir trabalhar. Vamos ver a peça e depois contamos tudo ao pai.
Num dos 2 autocarros que apanhámos para chegar ao destino a Laura começa a esfregar os olhinhos. "Faz ó-ó, menina da mãe, faz ó-ó que o soninho já vem". Não consegue adormecer porque diz que as pessoas estão zangadas, falam alto e não se sente confortável. Nada que um colinho não resolva.
Na paragem seguinte, há um jardim. Apanhamos malmequeres para enfeitar o nosso ninho.
Mais um autocarro e chegámos.
Com os olhinhos a brilhar porque a mãe a levou ao teatro. Responde ao La Féria que não é bebé e entramos na sala.
Apagam-se as luzes e sussurra-me ao ouvido: não tenhas medo, mãe. É mesmo assim.
Bateu palmas do princípio ao fim da peça. Cantou, dançou, riu-se! Ralhou com um dos actores porque se sentou em cima das flores do cenário.
Tudo estava perfeito: o sítio do picapau amarelo que eu conheci estava ali. Consegui acreditar. Os adereços, os cenários, as músicas... tudo estava impecável! Comovi-me! Não quero parecer saudosista, mas sinto umas cóceguinhas na barriga quando a minha piolha vibra com as coisas que eu vibrei quando tinha a idade dela.
Saímos e cruzámo-nos com um palhaço: uma moeda em troca de um balão em forma de flor. Seguimos para o metro de regresso a casa. Passámos pelo jardim dos montes.
Hora da sesta, muito agarradinhas para não termos frio.
O pai chegou e nós acordámos.
Vamos festejar do dia dos namorados! Vamos cometer uma loucura e vamos jantar fora!
E fomos! E soube-nos tão bem. Conversámos, fizémos desenhos na toalha de papel e vimos a lua a conversar com as nuvens.
Porque somos a família perfeita. A família mais bonita que alguma vez conheci. A família que se ama até mais não. A família mais feliz do universo e arredores!
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
vai da malta dizer que nada lhe acontece...
... e bloqueiam-me o carro. E eu a pensar: "é só dinheiro e eu não sou apegada ao dinheiro e tenho tanta pressa e tanto que fazer e logo com o carro quem terá sido o ressabiado desgraçado piolhoso mal-amado que me denunciou à polícia eu que deixo sempre um espaço para os carrinhos de bebés e cadeiras de rodas que eu cá sou muito civilizada moro é num buraco onde não há lugar ainda por cima quando alcatroam a rua não há direitos nem sindicatos malta da morais soares uni-vos contra a falta de estacionamento e contra aqueles que também ocupam os passeios mas que saem de manhã para os seus trabalhos e eu quero ser ecológica e amiga do ambiente e trás toma lá 90 € pode pagar tudo em dinheiro claro espere só um bocado que vou ali levantar espero o tempo que for preciso não tenha pressa."
Não me incomodou nada. Nem um bocadinho. Já nem estou a pensar nisso.
Não me incomodou nada. Nem um bocadinho. Já nem estou a pensar nisso.
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