domingo, 13 de janeiro de 2013

Das certezas de ser mãe (ai vou-me repetir tanto!)


Partindo de um post que li no blog da doce Maggie...
Acredito que uma mãe preocupada, que questiona a educação que dá aos seus filhos tem tudo para ser uma boa mãe.

Não sei se se me consigo explicar bem, até porque há coisas que nem eu compreendo, mas dias antes de saber que estava grávida, fui "assombrada" por uma mistura de sentimentos. Sentia-me diferente. Pela primeira vez desde que a minha mãe morreu, acordei feliz e com a certeza de que queria ser feliz. Dias depois fiz o teste - ok, foram vários, imensos, todos os disponíveis - e percebi o que estava a sentir.

Ia ser mãe e deixei de ter qualquer tipo de medo. Nunca me passou pela cabeça que alguma coisa fosse correr mal. Nunca tive medo do parto. Foram fundamentais duas coisas que a minha mãe me ensinou "Pode custar um bocadinho, mas ao bebé também custa e o nosso papel é ajudá-lo a nascer" e "É só uma pessoa mentalizar-se que cada contracção que tem, está mais perto de ter o bebé nos braços."
O meu parto demorou 3 horas. E quando o R. me pôs aquela bebecas linda nos braços nunca senti nada parecido com medo. Muito pelo contrário. Senti foi um grande amor e o amor não me assusta!

Sinto todas as certezas do mundo porque sei o que quero e o que posso exigir dela. Exigir-lhe que seja, acima de tudo, feliz. E ser feliz significa ser sensível, não ser indiferente. Significa amar e ser amada.significa que lute pelas coisas que acredita. Significa ter confiança nela e dar-lhe a liberdade de fazer as escolhas dela, dando-lhe a certeza de que estaremos sempre do lado dela.

E digo com toda a certeza que não me arrependo de opções que tomámos. Se ela cai e chora, sempre foi nosso lema dar-lhe a atenção, o abraço e o mimo que precisa. Nem que seja porque se assustou. Se faz birras é porque precisa de as fazer e também optámos por lhe dar o tempo que ela precisa para chorar, com paciência, com colo, com compreensão. E a L. não é nem "mariquinhas" nem "birrenta". É uma menina decidida que já começa a compreender que leva ralhetes porque é o nosso tesouro e queremos o melhor para ela.

Pode parecer lamechas ou demasiado simplista, mas acredito que o ponto de partida (e o de chegada) para educar um filho é o amor. Amá-los e não ter medo nem preguiça de o dizer nem de o demonstrar, nem desvalorizar o que isso significa. É um amor tão forte que me faz acreditar que posso tornar este mundo num lugar melhor. É um amor que me faz feliz, mas tão feliz, que não cabe em lado nenhum. É um amor que me faz rir. É um amor que faz com que fiquemos a admirá-la enquanto dorme, apesar de termos às costas o peso de um dia duro no trabalho e de ela ter feito birrinha para dormir.

O lugar que esta criança ocupa nos nossos corações, como alimenta o nosso mundo é de um poder, de uma imensidão, incalculáveis. É maravilhoso, é extraordinário, é o amor a acontecer.

Os conselhos que pedi - e que peço, as histórias que ouvi - e oiço, os livros que li - e leio, os comentários que ouvi - e oiço, fazem de mim a mãe que sou hoje. Boa ou má mãe? Não sei. Que amo a minha filha mais que tudo no mundo? Que lhe digo isso vezes sem fim? Que a beijo e abraço vezes sem conta? Que fico maravilhada cada vez que olho para ela e me lembro que fomos "nós" que a fizemos? Que aprendo coisas novas com ela todos os dias? Que ela me diz, sempre a sorrir, que é feliz? Que a oiço e ela me ouve a mim? Que tenho imenso orgulho dela? Que tenho saudades dela desde o momento em que a entrego na escola? Que nada na minha vida como mãe é um sacrifício? Sem dúvida que SIM!


Sem comentários:

Enviar um comentário