quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Há dias em que tenho 5 anos

Ainda não consegui parar de rir com este vídeo (obrigada M., por saberes como me fazer rir às gargalhadas)!



As lolitas são amigas do ambiente!

Este projecto da Handprints Crafts é maravilhoso e amigo do ambiente.
Além do mais os sapatos são maravilhosos e coloridos... Mesmo como as lolitas gostam!

Leiam e apareçam!
Eu vou lá estar.



A Handprint Crafts estará presente no Out LxMarket no próximo Domingo, 29 de Setembro no último OUT JAZZ deste Verão.

Seis meses depois da Handprint Crafts ter sido premiada (graças aos vossos votos, muito obrigada mais uma vez!) com um prémio da Benetton/Unhate Foundation iremos apresentar pela primeira vez ao público, os Amazonian Rubber Shoes, sapatos feitos 100% de borracha natural Amazónica. 
 
AMAZIONIAN RUBBER SHOES 
O nosso primeiro produto são os Amazonian Rubber Shoes feitos com borracha extraída da floresta Amazónica. Da colheita do látex até à última etapa de secagem dos sapatos, todos os estágios do processo de produção são totalmente amigos do ambiente. Este método inovador permite um baixo consumo de recursos, exclui o uso de electricidade e apenas uma pequena quantidade de água é necessária. Os Amazonian Rubber Shoes são sapatos amigos do ambiente que contribuem para a conservação e diminuição do desmatamento da floresta Amazónica através da valorização económica das árvores de borracha de pé e vivas.

HANDPRINT CRAFTS
A Handprint Crafts é um projecto de design social com o objectivo de capacitar e fortalecer artesãos que produzem artesanato sustentável e amigo do ambiente. Queremos contribuir para o desenvolvimento de artesanato produzido a nível local e de forma sustentável, por conseguinte visamos proteger patrimónios culturais e populares. A Handprint Crafts centra-se na melhoria das condições das comunidades locais em três dimensões específicas: social, ambiental e económico.

ARTESÃO
Estes sapatos coloridos são o resultado do trabalho criativo de um artesão brasileiro, o seu sonho é ter os seus sapatos espalhados pelo mundo, levando a sua história com eles e um pouco da essência da floresta amazónica. A Handprint Crafts quer tornar o seu sonho realidade, Lisboa e Amsterdão são, no momento, o porto intermediário.

Vem visitar-nos e traz amigos! 
Aqui fica o evento no Facebook.

love, Andreia

2ª semana de aulas sem professor

Pensava eu que ia mais furiosa, raivosa, revoltada e a espumar pela boca do que qualquer encarregado de educação daquela escola. Só não me lembrei que eu sou novata nesta coisa do 1º ciclo. Há gente que lida com isto há quatro anos. Por isso, havia gente bastante mais exaltada do que eu, que gritou, reclamou e esbracejou.

Ficámos a saber que (talvez) na 2ª feira já pode haver professor para o 1º ano. Que este atraso todo é culpa do Ministério da Educação que bloqueou o processo com burocracias, uma vez que se trata de uma escola TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), não foi possível iniciar-se a contratação de escola mais cedo.
O Director do agrupamento prometeu combater este cenário durante o próximo ano, para evitar futuras situações de turmas sem professor.

Também fiquei a saber que os alunos do 4º ano não têm porta na sala (sim, leram bem), porque a Parque Escolar não deu dinheiro para a arranjar.
Isto também é válido para uma "divisória" no recreio que divida os alunos do 1º ciclo do 2º e 3º ciclo (existe portanto uma linha imaginária, sem custos) e para a caldeira do balneário dos rapazes.

Há filas intermináveis para a compra de senhas de refeição porque não há pessoal - existe uma tesoureira para 1000 alunos e não há dinheiro para contratar mais pessoal.

Para terminar, houve queixas em relação aos alunos frequentarem as piscinas municipais 1 vez por semana. Porque chegam a casa muito cansados. E nem mesmo quando o Director os chamou à razão "há crianças que se não aprendem a nadar através da escola, nunca o vão fazer porque os pais não têm posses para isso", mudaram de opinião.

Vi professores dedicados que gostam daquilo que fazem. Que gostam de ensinar e que gostam das crianças.
Que se riram quando lhes perguntei se não havia maneira de pressionar as entidades (in)competentes, porque não têm eles feito outra coisa.
Pude finalmente agradecer pessoalmente à professora dos "meninos crescidos" que "acolheu" a minha filha.

A Laura não chorou mais para ir para a escola. Ainda não percebeu muito bem porque é que não tem professor, mas eu pedi-lhe para confiar em mim, que em breve irá para a sua sala de aula aprender a ler e a escrever.
Já é conhecida como a menina "despachada", que tem sempre alguma coisa para dizer.

Há falta de professores, inclusive do ensino especial, há falta de auxiliares e de pessoal administrativo (o que não se entende com tanta gente desempregada!) e os edifícios estão degradados (o caso do Liceu Camões é outro escândalo). Onde deveria ser a 2ª casa dos nossos filhos. Onde deveriam ser acarinhados e respeitados - O Ministério da Educação e a Parque Escolar não têm feito outra coisa se não desrespeitar a escola pública e a comunidade escolar (em particular, professores e alunos).

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A primeira semana no 1º ano

- Continua sem professor e passa o dia na sala dos "crescidos" a fazer desenhos e a escrever a palavra "ovo".

- Hoje, no meio da brincadeira pré-banho, disse "cu", riu-se e nós não!

- Tem duas colegas "incranianas" - com esta ri-me, claro.

- Uma das novas regras no 1º ciclo é que não se pode conversar durante as refeições - regra essa que terei que investigar, uma vez que os miúdos já passam horas a fio fechados dentro de salas, era só o que faltava não poderem falar uns com os outros enquanto comem.

- Outra regra é que não posso entrar no CAF quando vou buscar a miúda, porque gera muita excitação nas crianças e ficam desconcentradas (enquanto lancham)... pergunto-me se têm crianças dentro daquela sala ou animaizinhos ferozes que ninguém controla. Pergunto-me também qual o nível de concentração exigido para a hora do lanche.

- A segurança da escola é anedótica, nunca ninguém me pediu identificação e ontem apanhei um miúdo que tinha fugido do CAF pelo 2º dia consecutivo. No 1º dia não tinham dado pela falta dele, sequer - a auxiliar que estava ao portão confirmou que o menino tinha andado por ali ao final do dia e que a mãe o tinha vindo buscar ao portão e não dentro das instalações do CAF, onde era suposto.

- Ninguém me sabe dar informações sobre as AECs, o que é no mínimo estranho, porque a miúda já teve música, teatro e duas aulas de ginástica. Ninguém sabe de nada, mas lá que elas andam por aí, lá isso andam, ou então a minha filha tem uma imaginação muito fértil.

- Leite escolar, até agora, nicles!

- Caiu-lhe uma das patilhas do fecho da mala, ela chorou e a professora que a está a acompanhar consolou-a e pôs um clip para ela conseguir abrir e fechar a mala.

- Já faz o pino durante 10 milésimos de segundo e faz cambalhotas para a frente e para trás com uma facilidade que eu invejo.

- Já teve que mostrar de que fibra é feita a uma miúda mais velha que se meteu com ela. Mas também há um grupo de "mais crescidas" que a protegem, chamam-lhe Laurinha, abraçam-na e enchem-na de beijinhos como se fosse uma boneca.

- Não voltou a chorar para ir para a escola e tem saído da feliz da vida.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Hoje a minha filha foi para a escola a chorar

porque ainda não tem professor. Porque não gosta de estar na sala do 4º ano. Porque ainda não percebeu quem são os colegas com que vai partilhar a sala. Porque nunca imaginou que a entrada para a escola seria assim... com tudo ao contrário do que a mãe, o pai, os avós, os tios, os primos e os amigos lhe foram dizendo que seria entrar para o 1º ano.

Mas diz o ministro da educação que está tudo a funcionar correctamente.
Se por "correctamente" quer dizer que há escolas que ainda não abriram por falta de pessoal, que há crianças do pré-escolar e do 1º ciclo sem professor, que está instalado o caos, então sim, se é esse "correctamente", então eu aceito.

Este governo está a destruir a nossa escola pública. A desrespeitar professores, alunos, pais e toda uma sociedade que contribui com os seus impostos.

É suposto a escola onde passam 8, 9 e até 10 horas por dia seja um sítio de estabilidade e de carinho e não um sítio desorganizado e assustador, onde ninguém está satisfeito nem motivado.

Passei o dia com o coração apertadinho, a pensar como estaria a piolha. O dia acabou por lhe correr bem. A professora do 4º ano deu-lhe um trabalho para fazer e como correu tão bem, mostrou-o à turma dos "meninos mais velhos".

Só me resta agradecer à professora que entre dar o programa aos alunos do 4º ano, ainda tem que se desdobrar em mil para cuidar de umas quantas crianças do 1º ano que caíram ali de páraquedas.

E Crato... uma imagem vale mais que mil palavras.




"Não se pode ensinar bem o que não se sabe bem" - Um ministro da educação que atribui a culpa da falta de professores nas escolas à falta de interesse dos mesmos nas vagas, só pode significar que não conhece minimamente a realidade do ensino no nosso país. E isso, além de ser altamente insultuoso, só pode significar DEMISSÃO!

A bem ou a mal vamos ter que dar a volta a isto!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O Avante foi... (visto pela pequenina)


  • as Amigas: o estar, o poder descansar, o abraço, o sorrir, a cumplicidade, as músicas cantadas no olhar...
  • as saudades da carvalhesa.
  • perceber que o momento em que se vai ao chão na carvalhesa que não fazia sentido aos 28 faz todo o sentido aos 30 anos, nem que seja para respirar.
  • "em '77 foi na fil"
  • ver o sérgio godinho, finalmente
  • a corrida mais louca do mundo em slalom para fazer xixi
  • o pisco challenge
  • o poder estar sozinha, o arrepio e as lágrimas no 1º de maio
  • o xixi no xeixal
  • "um abraço ao joão"
  • o gigante na bolsa mais pequenina
  • as imperiais, agora pago eu, depois pagas tu
  • as pulseiras com o telefone da mamã
  • as conversas e os conselhos
  • as boleias que são a melhor coisa do mundo, desde os encontros em benfica até ao chegar a casa depois da distribuição
  • a kangoo sem direcção assistida, nem imagino o avante sem ela, e descobrir que portas abrem ou não, a que velocidade é que se vai e se chegamos a lisboa
  • o momento de "é a primeira vez que vens ao avante, não é?"
  • a internacional e a voz a tremer
  • o estar sempre no chile, como se não houvesse mais nenhum sítio no mundo onde apetecesse estar
  • "nunca mais venho à sexta porque é muito cansativo e ao sábado se calhar também não"
  • os miúdos
  • o algodão doce
  • as birras e as rifas
  • as andorinhas mágicas 
  • o melhor lugar de estacionamento do mundo à sombra
  • o orgulho de estar na primeira fila do concerto do namorado da amiga e poder passar-lhe as mãos nas costas e olhá-la com os olhos lacrimejantes e dizer "foi brutal!"
  • as tradições
  • os macacos pretos do nariz
  • a rouquidão
  • os encontros com quem já marcamos "vemo-nos para o ano, aqui"
  • as princesas tererecas
  • as fitas coloridas
  • o lenço dos crocodilos partilhado, quer em 2 pescoços quer no chão pelas crianças
  • o poder finalmente respirar com as amigas no pré-avante
  • a gargalhada que afasta pensamentos maus
  • "a bandeira é de que cor?"
  • o ponto de encontro, sem dúvidas, como se houvesse outro...
  • o trânsito completamente parado e os telefonemas 
  • as leggings que dão vontade de fazer xixi
  • o fogo de artifício
  • o "camaradas e amigos a festa terminou"
  • ...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

as lolitas vistas por uma adolescente

há comentários que têm mesmo de vir para o blog das lolitas. estava eu a falar com a minha prima mais velha (13 anos) sobre o Avante e ela, muito entusiasmada, pergunta se as minhas amigas simpáticas vão todas. e foi assim que se referiu a elas:

- a mais velha
- o rapaz das barbas tão simpático e a namorada (foi despromovida, esta)
- a pequenina
- a mãe da Laura

e agora para 50.000€, quem é quem? (eu sou a prima linda, a Eurídice eles não conhecem, estamos fora!!)