quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Prometi-te, Laura

Que ias ser feliz na escola.

Que lá ias passar 5 dias por semana e que isso ia ser maravilhoso. Que virias para casa toda contente porque aprendeste coisas novas. Que não irias ter medo do teu professor. Nem de errar. Que ias ter um professor que jamais bateria na mão do teu amigo. Que jamais gritaria contigo por estares no mundo da lua.

Prometi-te que ias ter um professor amigo.

E este ano tens um que te dá colo quando choras porque tens uma otite e não podes fazer a aula de natação.

Que não te castiga porque isso "não é possível". Porque não é possível repreender uma menina tão amiga dos seus amigos, que nunca faz nada com maldade. Chama-te antes com calma para regressares à terra.

Que te elogia e te diz a quantidade de coisas em que acertaste e não as que erraste.

Que te trata por Laurinha.

Que te deixa falar e te ouve com atenção.

Que não te passa trabalhos de casa. Envia trabalhos para casa. Divertidos. Úteis. Para fazermos em conjunto.

Vens aos saltinhos para casa e com tanta coisa para nos ensinar.


Esta é a escola que quero para ti. Este ano conseguimos. E um dia, mais tarde quando cresceres mais um bocadinho, vou-te poder explicar porque é que te sentes tão grande e tão feliz este ano.Um dia vou-te poder dizer que és uma super criança, porque nunca desististe e, apesar do medo, nunca te calaste.

sábado, 23 de agosto de 2014

7 anos

- Um dia destes forma o "movimento dos indignados dos picos nas janelas para os pombos não poisarem".
- Quando apanha os textos que escrevo sobre ela, fica de lágrimas nos olhos.
- Tem um coração de ouro, caraças, se tem!
- Adora a sacana da Violetta.
- Tem terror de caranguejos. Viu uns meninos a apedrejarem uns quantos (devem ser amigos do Bandini). Foi até lá, apanhou os bichos e guardou-os no balde para que não lhes acontecesse nada de mal. Acabaram por morrer, mas ela sabe que tentou.
- Não resiste a dar colinho aos bebés que se cruzam com ela.
- Acha que a ponte 25 de Abril se chama 25 de Abril sempre!
- Respeita o mar como eu nunca vi. Delicia-se com o mar, dá abraços e beijinhos na espuma das ondas e guarda centenas de conchinhas e pedrinhas, religiosamente.
- Faz "blagh" sempre que ouve na rádio o nome do Bunny Steps.
- Dá abraços daqueles "aquele abraço".
- Tem o tempo de concentração de uma formiga, excepto se estiver a dançar ou a ouvir histórias.
- Ainda diz que "piroso é bom".
- Pediu-me para em vez de lhe desejar "sonhos cor de rosa", lhe desejar "sonhos da cor do arco-íris" para todas as cores poderem fazer parte dos seus sonhos.
- Não consegue mentir. Não o sabe fazer, nem sequer tenta.
- É refilona.
- Não se cala. Nunca!
- É mega popular na escola, porque tem sempre uma palavra amiga para dizer.
- Quer ir a Londres, Paris e Nova Iorque. E à Serra da Estrela.
- É doida por sapatos, mas à primeira oportunidade, descalça-se.
- Aprendeu a andar de bicicleta e patins em linha.
- Guarda as angústias e as frustrações dias a fio e acaba num pranto por uma coisinha de nada (basta um rabo de cavalo que teima em ter cabelos desalinhados ou tropeçar num buraco na rua e saltar-lhe o chinelo).
- Faz amigos por todos os sítios onde passa.
- Decididamente, não gosta de sopa. Nem de leite. Nem de migas.
- Tem memória de elefante.
- Pede para ouvir rock do bom.
- Dorme até tarde.
- É o nosso tesouro.






quinta-feira, 24 de julho de 2014

Lista kitsch da Pinipon (em permanente actualização)

1. Filme "O Amor Acontece" - Acho que adoro todo o filme (todo!) mas tenho momentos especiais em que me sinto num estado entre o comovido e o envergonhado por estar assim:

 A cena dos cartazes:

A cena do aeroporto:

Esta relação toda:



2. Livro "Persuasão" - Li-o quando estava no auge da minha fase romântica, lembro-me de sentir borboletas na barriga e ler muito devagar para que o livro não acabasse. Acho que não tenho coragem de o ler novamente para não ficar desiludida...
"I must go, uncertain of my fate; but I shall return hither, or follow your party, as soon as possible. A word, a look, will be enough to decide whether I enter your father's house this evening or never."



3. Música "Toxic" - Epá nem sei o que vos diga... Gosto do falsete!



Kitsch ou Camp?!

Estava aqui em algumas pesquisas e deparei-me com uma descoberta que pode interessar a quem anda neste mundo a lolitar. A Susan Sontag tem um texto em que explica maravilhosamente o que é isto do "camp".
 No fundo, ser camp é ver tudo entre "aspas": uma cadeira passa a ser uma "cadeira", não é uma mulher mas uma "mulher". Tudo tem a ver com uma sensibilidade exagero, com a teatralização, com o excesso mais do que tem a ver com o conteúdo! É o amor pelo que é artificial e exagerado!! (Acho que se revela bem esta atitude no meu "post" pelo uso abusivo de pontos de exclamação, ou não?!)

Resumindo ser "camp" é ser "kitsch" autoconsciente!

E porquê isto?!

Porque acho que seria muito fixe cada lolita fazer a sua lista kitsch e assim assumir-se como camp?




PS: Da próxima vez que formos acampar já temos nome para esse grande evento, não?

sábado, 14 de junho de 2014

Summertime

A menina que devia ter nascido estrelinha do mar. Que agradece ao mar cada vez que as ondas nos devolvem a bola. Que abraça a água e lambe o sal. Que é feliz com o sol, os mergulhos, os búzios, as conchas, o cabelo desgrenhado e o corpo cheio de areia. As danças à beira mar e as piruetas.
Os dias maiores. Os sorrisos gigantes.
A ligação que esta meia leca tem com o mundo é qualquer coisa de extraordinário. Ela consegue fazer de cada dia, o melhor dia de sempre.
 
Boas férias, miúda gira!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Parabéns Sandra!


Teatro, piqueniques, abraços, montagem de filmes, viagens, pôr do sol, chouriços assados, andas, conversas das boas, mimos, praia, bolas de berlim com creme, chá de gengibre, prendas de natal, boleias, crianças, cães, muita dança, kangoos, muitos avantes, piscos, a nossa grande amiga.

Muitos parabéns, Sandrinha.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

o mercado da ribeira e o outro

a Time Out ocupou o mercado da ribeira. metade do mercado da ribeira para ser exacta. diz-se que se quer "reabilitar" os mercados de lisboa, já se tinha feito o mesmo com o mercado de campo de ourique, ao qual ainda não fui. na verdade não tinha grande interesse em ir também a este mas a verdade é que trabalho colada a ele (o interminável som das obras, tão agradável face ao som dos restaurantes), vivo aqui perto e é aqui que saio à noite e ontem fui lá fotografar e filmar aquilo, para vos mostrar. viver sempre aqui faz com que conheça na perfeição o cais do sodré, a praça de são luís, a praça de são paulo, os restaurantes que convivem com a rua cor de rosa, as prostitutas que convivem com os designers. o cais do sodré vive por camadas, é a sua característica mais fascinante. nenhuma nova camada (e tem havido tantas) se sobrepõe a outra que já lá estava, convivem.
este amor ao bairro não me permite encontrar justificação no "novo" mercado da ribeira. isto porque o mercado é ainda um sítio onde se encontram pessoas amigas, que nos escolhem a melhor fruta ou nos guardam beldroegas quando chegam, que nos guardam o pão, onde dizem em segredo que peixe é mais fresco. onde nos cortam a rama do alho francês para não pagarmos uma parte do legume que não usamos para cozinhar. e o que a Time Out fez não foi reabilitar este belo mercado, foi criar o que só se pode descrever como um topo de centro comercial, com comida cara, mesas corridas, filas, cheiro a fritos e um barulho ensurdecedor (como se pode ver/ouvir no vídeo em baixo). claro que as pessoas gostam, vão, enchem as filas porque finalmente, grande sorte, podem comer um hamburguer honorato e um santini quase sem mexer os pezinhos.
estamos a transformar esta cidade numa cidade tipo, estilizada, sem variações. não fossem as nossas amigas do mercado resistentes e nem teríamos camadas. o que foi reabilitado foi o espírito empresarial e o lucro de empresas internacionais. ao circularmos por aqui vemos um comércio tradicional afectado, sem que para ele se fale de reabilitação. em troco de nada, zero qualidade, zero beleza, e, claro, zero espírito crítico de alguns consumidores. só lucro e um topo de centro comercial feito para encher olhos pouco exigentes e esvaziar os bolsos dos desatentos.
por todo o mercado da ribeira as nossas pessoas reviram os olhos. não estão satisfeitas com o que lhes aconteceu, à casa delas. e lisboa também não deveria estar. e nós também não. por mim continuarei a beber o meu café no Tati e a comer as favas do Cid. e a comprar as frutas e os legumes feios do meu mercado da ribeira.






terça-feira, 27 de maio de 2014

Yé, yé, yé! Esta marcha é que é!

Lolitas, está a chegar aquela altura do ano em que cheira a sardinhas, mangericos, caracóis e imperiais fresquinhas por toda a cidade!

Este é só o primeiro lembrete!

domingo, 11 de maio de 2014

De coração cheio


Acordámos com despertador, comemos, eu bebi café, arranjámo-nos e saímos porta fora. Último ensaio antes do espectáculo final.
Fui apanhar sol para a esplanada para fazer tempo. Apanhei-a 1 hora depois, com aquele sorriso gigante. Levei-a a almoçar ao chinês, para evitar os nervosos miudinhos que antecedem a subida a um palco. Contei-lhe histórias boas de quando a Sandra era nossa professora de teatro. Comemos dois pratos, só pagámos um. O senhor que nos atendeu disse que "menina muito educada não paga". Fomos comprar flores. Pagámos duas, trouxemos cinco - a florista derreteu-se com a tagarelice da Laura e desejou-lhe muito sucesso para o espectáculo e para a vida. Prometemos voltar e passar a comprar flores ali todas as semanas.
Fui deixá-la ao teatro. Pelo caminho confessou-me que não tinha medo, não via a hora de pisar aquele palco, mas que não queria falhar, que não queria desiludir ninguém. Laura, trabalhaste tanto para este dia. Estamos tão orgulhosos de ti. Diverte-te. Acima de tudo, diverte-te naquele palco. Amo-te. Ela abraçou-se a mim de lágrimas nos olhos, "assim fazes-me chorar, mãe", deu-me um beijo e entrou com uma segurança que eu não esperava. Fiquei a vê-la. Olhou para trás, sorriu e piscou-me o olho.
Quase duas horas mais tarde entrámos na sala. Ouvi-a chamar por mim. Estava na plateia aos pulinhos, feliz, a dizer-nos adeus.
Foi altura de subir ao palco. Ao som de um coro maravilhoso, vi-a dançar palco fora. Concentrada porque não queria falhar. Caiu uma vez, levantou-se e continuou como se nada fosse. Ajudou as mais pequeninas que se perdiam nas piruetas. Brilhou a dançar com as mais velhas. Sorriu cada vez que o seu olhar se cruzava com as parceiras de dança.Vi-a maior, vi-a realizada, vi-a sem vergonhas, sem medos e a sentir-se especial.
Eu, e uma Vera não chora, aproveitei o escuro da sala para deixar cair umas lagrimitas. Porque vê-la realizada e gigante de tanta felicidade com o que conquistou é o melhor que me pode acontecer.
Aproveito para agradecer ao professor dela, que aceitou ter apenas uma aluna na aula. Que criou laços de confiança e amizade, que acreditou nela e que com ela coreografou o espectáculo.

Sinto um orgulho infinito por ser mãe desta menina que me ensinou a dançar no meio da rua ao som do vento que bate nas árvores.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O que é o almoço?

Joana, tens almoço? Não, Vera, não tenho. Depois vamos ao mc donalds ou assim. Ou ao sushi. Ai é tão caro. Precisamos daqueles cupões de desconto. Nunca mais saíram. Que chatice. Se calhar vamos mas é ao supermercado e compramos daqueles hamburguers que se aquecem no microondas. Tanto me faz, só não quero é cozinhar. Tudo bem, fazemos assim e assado e vais ver que fica bom. Fazemos não, fazes tu. Sim, faço eu.
E pimbas, a Joana faz-me uma saladinha daquelas muito saudáveis e tira-me as grainhas do tomate por causa do meu não dente.
Amigas assim são uma benção... nunca ninguém me tinha tirado as grainhas do tomate...
Agora é fazer figas para não ter fome daqui a 15 minutos!


quarta-feira, 7 de maio de 2014

tudo a assinar! não dá para fechar mais os olhos!


Reports of 234 kidnapped Nigerian schoolgirls have made headlines worldwide, and now a new twist has emerged — the kidnapped girls are reportedly being sold into modern slavery for as little as $121.
But there is a solution.
Experts believe that if the Nigerian Government acts immediately and uses every resource at its disposal, it can locate the girls and return them to their families.
However for this to happen they need to know that the world is watching — and waiting.Help save the 234 schoolgirls from Forced Child Marriage — tell Nigerian President Jonathan to:
  1. Act immediately on intelligence received from credible local sources;
  2. Work with neighbouring countries Cameroon and Chad as well as other nations offering assistance to mount an effective search for the girls; and
  3. Improve the protection of schools in north-eastern Nigeria so children can receive an education without risk of kidnapping, forced marriage or other abuses.
Each day the schoolgirls are held captive, the risk of them falling victim to Forced Child Marriage increases. By sending a strong, united message to Nigeria’s President today, we can help ensure his Government spares no effort until the girls are rescued and back with their families.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Sem roooodinhas!!!

Bem sei que tenho um temperamento difícil e implico com as coisas mais parvas... uma das minhas irritações são as ciclovias.

Primeiro, porque o meu desporto favorito é arrastar-me até à esplanada mais próxima e beber um café, enquanto fumo um cigarro.
Segundo, porque as ciclovias invadiram as ruas e os jardins, de tal maneira desgovernada que é raro o dia em que eu ou as cadelas não temos que nos desviar em saltos (quase mortais) para não sermos atropeladas.
Terceiro, implico com aqueles capacetes manhosos que me fazem lembrar um pelicano poisado em cima da cabeça de alguém.
Quarto, não é tão mais fixe andar de bicicleta no campo que na cidade, a levar com os tubos de escape dos carros?

Entretanto, no fim de semana passado, o R. decidiu tirar as rodinhas à bicicleta da Laura. E lá fomos nós, ciclovia fora. A miúda espalhava-se, chorava, levava um beijinho, levantava-se, caía outra vez, chorava mais um bocadinho, levava mais uns miminhos e foi assim durante laaargos minutos. Até que de repente pedalou umas quantas vezes antes de cair. Era vê-la no chão, com o choro a meio, a bicicleta em cima dela e nós aos gritos yeahhhh boaaaa vivaaaaa!

Isto tudo para vir aqui engolir tudo o que disse sobre os utilizadores das ciclovias. É que no meio desta iniciação à bicla sem rodinhas, foram vários os incentivos dados à nossa filha por autênticos desconhecidos (os tais com o pelicano na cabeça, mais os que só estavam sentados no banco de jardim a apanhar sol) - Vai, tu consegues!! Força!! Ai, é tão gira esta fase! - e perdi a conta à quantidade de gente que estremecia e que iam na direcção dela com os braços estendidos cada vez que ela caía.

Por isso, resta-me resumir, que há pessoas sensíveis, solidárias e fofinhas nas ciclovias.

De resto, só nos falta afinar os comandos. Enquanto eu grito "TRAAAAAAVAAAAAAAAAAA", o pai grita "PEDALAAAAAAAAA, NÃO PÁRES!!!". E tenho que inventar outra irritaçãozinha de estimação que esta deixou de ter argumentos...


Look up


Mesmo correndo o risco de este vídeo já se ter tornado viral e de eu ter sido a última a ver...
Mesmo assim achei que valia a pena.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Parabéns, Joana!

Amiga de todas as horas, confidente, que atura os maus humores matinais e ouve os meus desabafos e os meus medos. Uma lutadora. Uma tia fofinha.

Gosto de ti daqui até à lua e mais além.Que bom ter-te na minha vida!

Muitos parabéns, minha querida!



segunda-feira, 21 de abril de 2014

A lei do ruído não se aplica em dia de jogos da bola

Em dia de jogo passou a ser permitido:

- Estacionar em cima de passeios, passadeiras e em cima da relva, desde que seja na zona de Benfica,

- Buzinar feito maluco até às tantas, acordando do sono tranquilo as criancinhas que se deitam a horas decentes, desde que seja entre Benfica e o Marquês de Pombal,

- Sujar com garrafas e latas os jardins, no percurso Benfica - Marquês de Pombal,

- Gritar a altas horas da noite pela rua fora, coisas sobre futebol (entre Benfica e o Marquês de Pombal), assustando as criancinhas que já estão despertas,

- Ocupar a Praça do Marquês de Pombal, fechar o trânsito e chatear toda a gente (que até pode gostar de um bom jogo de futebol, só não gosta de assistir a ajuntamentos de gente descontrolada por causa de uma bola).

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O bom tempo torna tudo menos difícil...


Chega o tempo de:
- Acordar com os passarinhos a cantar
- Deixar as janelas abertas até mais tarde
- Beber uma imperial na esplanada
- Fazer a pausa do almoço ao sol
- Esquecer o casaco em casa
- Não ter frio
- Ver as árvores a encherem-se de flores
- Começar a pensar no verão e praia e férias
- Secar a roupa sem que chova e faça sol e chova outra vez
- T-shirts e sandálias
- Cores vivas
- ...

Bem-vinda Primavera!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

sobre o poliamor

o mundo está a mudar. é difícil aceitar mudanças sobretudo as que não entendemos. muita gente me tem perguntado pelo poliamor. explico o possível, aqui está uma explicação na primeira pessoa:

http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/40anos25abril/2014-04-05-um-caso-de-poliamor-que-assume-a-liberdade-de-escolha
 clicar na imagem

quarta-feira, 2 de abril de 2014

as lolitas estão em festa

a Eurídice faz 30 anos.
e a Eurídice arrisca-se a ser, aos 30 anos de vida solar como diz o outro, a pessoa mais fixe e amiga da face da terra. é o que dá ser Lolita. e ser Eurídice.
parabéns, maluquinha!





terça-feira, 1 de abril de 2014

sexta-feira, 28 de março de 2014

Tempo

Hoje dei por mim a refletir sobre o tempo, essa noção meio abstrata mas que nos tolda a nossa forma de estar. Cada vez temos menos tempo para fazermos o que queremos ou para estarmos com quem gostamos e com quem queremos. Isso é um facto e acho que transversal a todos nós! Neste momento em que tenho uma pausa de 10 minutos em que podia estar a fumar um cigarro, mas estou a escrever neste blog. E este é também um pensamento, que pelo menos em mim é recorrente, se estou a fazer uma coisa, também podia estar a fazer outra. Mas a verdade é que vivendo assim, não estou a fazer uma, nem outra. Ao mesmo tempo passam-me coisas pela cabeça preocupações com pessoas com quem gostava de estar: perguntar à V se o problema dela agora secou que o tempo está melhor, perguntar pelos canos da S e desafiá-la para um café no intervalo dos meus compromissos, planear uma fuga com o F, saber da M e engendrar uma maneira de pôr o P a gostar da princesa-ervilha, estar com a L e saber dela, falar com a S e rirmo-nos e inventar coisas para rir, nos intevalos de falar de coisas sérias...

 O tempo é finito (e isto é outro facto!): uma hora tem 60 segundos, um dia 24 horas e uma semana apenas 7 dias. E nós só temos a capacidade de fazer uma coisa como deve ser, de estarmos presentes num só momento.

Esta conversa surgiu com uma amiga, a B, a propósito dos telemóveis. Já ninguém acredita que uma pessoa possa ter o telemóvel desligado ou que por algum motivo não possa atender. Parece que tudo o que esse pequeno aparelho nos reporte é importante. E é? É mesmo? Quantas chamadas, mensagens, toques (que já raramente se usam), emails, são realmente importantes e precisam que nós interrompamos tudo aquilo que estamos a fazer para lhe dedicar atenção? No entanto, é frequente que se largue tudo porque aquele "bichinho manipulador" apitou por algum motivo. E nesses momentos saímos de onde estamos, sem realmente dar atenção à pessoa que temos à nossa frente. Será porque o que está à nossa frente não é merecedor da nossa atenção? O filme que está a dar no cinema e cujo bilhete está agora mais caro do que nunca, roçando quase um valor pornográfico? (Então porque é que não se esperou que saísse na internet para o ver?!) Aquela conversa com uma amiga em que se falam de coisas importantes e de coisas que se passam cá dentro e que por vezes precisam de espaço e tempo para se revelarem? (Então porque é que se foi beber café com essa amiga e não ficámos em casa ou no café a fazer o que realmente importa?!).

Parece que perdemos a capacidade de estar num só lugar ao mesmo tempo e parar... Gosto de pensar que sou diferente ou que estou diferente. Peço desculpas a todas as pessoas que tinha à minha frente e com quem estava a ter um momento significativo da minha vida para desviar a minha atenção para o tal "bicho manipulador". Já mo fizeram a mim e sei o que custa...


sábado, 22 de fevereiro de 2014

Desculpa, Laura...

Por estares enfiada numa sala, com esse rabinho que nunca consegue estar quieto, das 9h às 18h30. Por vires para casa a chorar porque a professora bateu na mão do teu amigo ou gritou contigo porque estavas a olhar pela janela a ver passar uma nuvem em forma de gato.


Por trazeres trabalhos de casa como castigo, quando te prometi que estudar seria sempre uma maravilha.


Perdoa-me, Laura, por teres ficado sem recreio, quando me recusei a ver o teu sofrimento num domingo de sol (e têm sido tão raros), sentada na tua secretária, a tentares escrever a pérola da pedagogia “Devo estar com mais atenção às correções” vezes sem conta, e decidi que era bem mais produtivo irmos ver o Palácio da Pena e apanhar flores na serra, depois de teres estudado sexta quando chegaste da escola, mais sábado durante grande parte da tarde.


Por  veres  a mãe de uma colega tua a consolá-la porque a professora não a deixou ir à casa de banho e ela fez xixi pelas pernas abaixo e por ouvires o desespero de uma mãe desempregada, que não tem dinheiro para pagar explicações fora da escola, o apoio escolar não está a resultar e a filha pergunta-lhe porque é que é burra. Respondo-lhe que não há crianças burras, mas sim com diferentes formas de aprendizagem. Que são os adultos, neste caso, os professores, que têm que descobrir maneira de a cativar, e ela agradece-me porque nunca tinha pensado nisso. Nunca ninguém lhe tinha dito que a filha não é efectivamente burra.


Por chorares com medo de errares. Porque na escola ralham contigo quando erras.


Por começares a ter medo de falar.


Isto tudo, numa “escola-modelo”, numa capital europeia.



Esta não é a escola que eu quero para ti.


Quero uma escola em que os professores são amigos dos alunos e os alunos amigos dos professores. Uma escola em que todos se respeitem. Uma escola compreensiva, solidária, integrativa, justa e criativa. Livre de violência, de preconceitos. Que não seja submissa. Que forme efectivamente cidadãos. Sem castigos, sem agressividade, respeitando a especificidade, as particularidades e o ritmo de cada aluno.


Acima de tudo, uma escola onde se seja feliz. Porque toda a gente sabe que crianças felizes aprendem melhor.


Ainda vou a tempo, Laura. E isto é uma promessa.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O problema não é o dia de São Valentim

O problema é viver os outros dias do ano quando

- bato com o dedo mindinho do pé no órgão que vive entre a sala e a marquise várias vezes no mesmo dia,
- lhe grito 567784 vezes para que acorde, ele abrir ligeiramente os olhos, e adormecer novamente entre rosnadelas,
- faz a Av. Lusíada como se fosse uma pista de fórmula um,
- lhe peço 6785764 vezes para ler histórias calmas à miúda que já devia estar a dormir e apanhá-los às gargalhadas meia hora depois,
- faz piadas sobre as minhas dores de dentes (para que eu me ria e pare de chorar),
-  tenho dores de cabeça com algumas das músicas que ele ouve e babo-me com as que ele faz,
- nunca gosto do jantar, mas nunca tenho que o cozinhar,

...e o amo mais a cada dia que passa.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Aos seis anos e meio

- É fã dos The Beatles, The Quartet of Woah!, Queen, Pink Floyd, Nirvana, Eddie Vedder, David Bowie, Band of Skulls e Elis Regina.
- Chorou a ver o Little Stuart e um filme de natal em que transformavam um cão em pedra.
- Não compreende como é que as praxes integram alguém. Desde quando é que humilhar, dar ordens e sujar alguém é ser amigo. Já deixou bastante claro que se alguém a tentar pintar, espeta-lhe a caneta pelo nariz acima.
- É do quadro de honra da leitura (merda para os quadros de honra!!!!) - but of course i'm proud.
- Acha esquisito que no livro de estudo do meio existam todo o tipo de famílias, excepto dois pais ou duas mães.
- Gosta de se enfiar a meio da noite na nossa cama. Dormimos mal que a miúda está enorme e ginastica a noite toda, mas sabe bem como tudo.
- Deixou o ballet clássico e passou para o contemporâneo. Tem um professor só para ela. O melhor professor do mundo e nunca a vi tão feliz e tão aplicada.
- Adora dançar, cantar, tocar órgão, bateria e harmonica e pintar grandes telas.
- Ouve música nas portas a bater e na chuva a cair.
- Adora animais. Adora que a Essi durma com ela nas noites frias.
- Ficou de boca aberta quando a levei ao Mosteiros dos Jerónimos. Quando vê arco-íris fica com essa mesma expressão: "Como é que isto é possível??!!".
- Não gosta de fazer os trabalhos de casa. Trá-los praticamente todos os dias e fá-los. Mas com a mão a segurar a cabeça.
- Recusa-se a ir a circos com animais.
- Está a aprender a fazer tricot.
- Na escola conhece toda a gente. Gosta de toda a gente e toda a gente gosta dela.
- É altamente generosa. Leal. Sincera. Carinhosa.
- Fica sentida quando gritam com ela.
- Pergunta-me várias vezes se o Passos Coelho e os seus amigos já se foram embora, para ter um mano.
- A maior alegria seria ter um mano.
- Continua a gostar de saltar nas poças da chuva e nas folhas secas. Pára na rua e fecha os olhos para sentir o sol na cara, nos dias de inverno.
- Adora apanhar conchas.
- Detesta não saber saltar à corda, mas também não tenta aprender.
- Adora que lhe contemos histórias de quando era bebé.
- Continua a não gostar de sopa e pede-me com jeitinho para lha dar à boca nos dias em que está mais cansada.
- Tem uma letra maravilhosa.
- A matemática fascina-a.
- Adora futebol. É do Porto porque gosta de azul.
- Quando está preocupada com alguma coisa, pede ao pai que lhe cante o Summertime.
- Não gosta de ser fotografada e tenho que a fotografar sem que ela repare.
- Gosta de fingir que sabe inglês. E francês.
- Ri-se quando eu e o pai nos beijamos. Ri-se muito e abraça-nos as pernas.
- Sabe falar com as árvores. E com todos os animais. Acha que os pombos a perseguem porque ela os compreende.
- Não toca em leite. Só com chocolate. Não aprecia bolos. Nem sumos. Mas faz cara séria, quando o pai a deixa dar um golo no copo de coca-cola. Sente-se mais crescida.
- Acredita na fada dos dentes e no pai natal.
- Detesta acordar cedo.
- Tem orgulho em ser a única criança a ter a árvore de natal montada na sala. Em Fevereiro.
- É pedinchona e teimosa como tudo.. A maior drama queen com que já me cruzei.
- Nunca se cala. Nunca!
- É maravilhoso ser mãe dela.


...
One of these mornings
You're going to rise up singing
Then you'll spread your wings
And you'll take to the sky

But until that morning
There's a'nothing can harm you
With your daddy and mammy standing by

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Hoje levei uma chapada... duas para ser mais exacta

Hoje vi uma criança sair do ATL, dirigir-se à mãe e levar com um "ou vestes o casaco ou levas duas chapadas"...

Não houve troca de beijinhos, nem de abraços. Não houve qualquer tipo de afecto. Nem um "olá", nem um "tiveste um dia bom?", e muito menos um "tive saudades tuas!"...

Já não é a primeira vez que assisto a este tipo de miminhos dos pais quando vão buscar os miúdos, mas gostava mesmo que esta tivesse sido a última.

A criança que saiu do ATL é a criança que me pede sempre um beijinho quando deixo a Laura de manhã na escola.

Deve ser tão difícil ser criança quando se cresce entre monstros...


São dias!


sábado, 18 de janeiro de 2014

Pequeno resumo da Constituição da República Portuguesa


Sei que corro o grande risco de ser a chata deste blogue... 

Por vezes sinto uma certa perplexidade perante o que ouço e sobre o que se legisla e deixa de legislar. Achava que não se referendavam assuntos que tinham sido legislados há menos de 1 ano. Parece que sonhei quando há 8 meses a mesma Assembleia da República aprovou a legislação da co-adopção. Parece que não, que foi um engano.

E perante esta enorme perplexidade, vou procurar informar-me. Afinal o que é que estamos a referendar? A co-adopção que já está em processo legislativo? Ou a adopção por casais homossexuais? Parece que são as duas... E parece-me a mim que são dois assuntos importantes, sem dúvida, mas substancialmente diferentes. O que, segundo esta leitura, até torna este referendo inconstitucional... Enfim!

Sendo que a Assembleia da República é a casa da democracia (sei que este conceito já não quer dizer grande coisa para a maioria de nós pois não se sente representado pelas pessoas que lá se sentam, embora também isso devesse ser assegurado pela constituição - artigo 147º) e que o seu objectivo da mesma é "vigiar pelo cumprimento da Constituição" (artº 162, alínea), faz-me todo o sentido ir procurar o que está escrito neste célebre documento que supostamente rege os nossos direitos, deveres e garantias.

PARTE I – Direitos e deveres fundamentais

TÍTULO I
Princípios gerais
Artigo 13º (Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

TÍTULO II
Direitos, liberdades e garantias
 CAPÍTULO I
Direitos, liberdades e garantias pessoais 

Artigo 27º (Direito à liberdade e à segurança)
1. Todos têm direito à liberdade e à segurança.

TÍTULO III
Direitos e deveres económicos, sociais e culturais
 CAPÍTULO II
Direitos e deveres sociais

Artigo 69º (Infância)
1. As crianças têm direito à protecção da sociedade e do Estado, com vista ao seu desenvolvimento integral, especialmente contra todas as formas de abandono, de discriminação e de opressão e contra o exercício abusivo da autoridade na família e nas demais instituições.
2. O Estado assegura especial protecção às crianças órfãs, abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal.
3. É proibido, nos termos da lei, o trabalho de menores em idade escolar.

Perante estes dados que são os factos, a Lei fundamental que nos rege, sinto que é do meu dever fazer uma pequena reflexão sobre este tema da Co-Adopção. O que no fundo se está a referendar é sobre os direitos das crianças em primeiro lugar e no meu ponto de vista. Tendo em consideração que nenhum cidadão poderá ser discriminado pela sua orientação sexual, o tema da homossexualidade para mim nem se coloca. 

O que este referendo pretende é aferir qual a opinião dos portugueses sobre as crianças e os seus direitos de pertencerem a uma família. Apenas a título de exemplo, tenho uma sobrinha que me incluiu na Árvore da Família que foi pedida na escola. Pertenco à sua família de sangue? Não, pertenço a uma outra noção de família para ela, à família do coração. É menos sobrinha para mim? Não. Sou menos tia para ela? Também não. 

As crianças, e esta é só a minha opinião e o que tenho oportunidade de presenciar por ter crianças próximas e por ouvir crianças na minha profissão, não dão grande ou pouca importância a laços sanguíneos. Eles existem, é verdade, mas não são eles que regem quem pertence ou não à sua noção de família. Portanto, não percebo muito bem o que se está aqui a tentar referendar? É a definição de "ambiente familiar normal", como a nossa constituição refere? Já alguém perguntou às crianças o que é isso? O que é que é mais importante: a segurança de crescer e ser educada com as pessoas que mais ama ou estar dentro de uma curva de distribuição normal?

Será que neste referendo vamos ouvir falar dos direitos das crianças? E do que é realmente importante no seu desenvolvimento enquanto pessoa? É que este é um assunto que me preocupa... Será que as nossas crianças vão crescer bem com aquilo que estamos a fazer? É por isso que procuro me fundamentar, procurar informação e investigação que me ajude a decidir sobre este tema, porque para mim é sobre isto que este referendo se debruça: sobre o direito de certas crianças pertencerem a certas famílias e o que isso vai influenciar o seu desenvolvimento. Deixo os meus pressupostos de lado, sobre os meus valores, as minhas crenças, os meus preconceitos (que também os tenho) e vou procurar informação. E já que não conheço essas crianças, cujos direitos queremos referendar, vou ouvi-las de uma outra forma, na investigação que foi feita com elas.




E o que é que a investigação nos diz? As evidências científicas sugerem que decisões importantes sobre a vida das crianças e adolescentes sejam tomadas não com base na orientação sexual dos pais mas na qualidade das suas relações com os pais.

Desta forma, espero que se lance o debate e que seja sério. Perguntar às pessoas a sua opinião não pode ser pernicioso mas temos de saber muito bem o que é que estamos a discutir para não sermos invadidos por falsas questões. E aqui o que estamos a referendar, na minha opinião, com as duas questões colocadas, é o direito à família e os direitos das crianças em primeiro lugar.

E fico tão feliz quando os meus pressuposto têm uma base científica!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

sobre a co-adopção

acho que o que se passa vai muito para além do que aparenta passar-se. creio que se impõe uma reflexão importante sobre a forma como um governo de um país nunca será apenas isso mesmo, um governo. as implicações que este governo já teve no nosso quotidiano são absolutamente destruidoras e invasivas. mesmo que haja muita gente que não vê. está a destruir mentalidades como um cancro que avança devagar. o primeiro sintoma, absolutamente esclarecedor, é a indiferença. tornar-nos apáticos e ignorantes é a verdadeira forma de demonstrar o modo como a ignorância deles nos pode realmente afectar. felizmente são inúmeras as excepções.

hoje foi o dia em que foi aprovado um referendo sobre a co-adopção por casais do mesmo sexo.

um referendo

por se considerar que é assunto público e que deverá ser dado a todos o direito e vá, o dever, de decidir se no país onde todos co-habitamos uma criança deverá ser adoptada por pessoas que são do mesmo sexo. duas mulheres ou dois homens. e nós, povo em tudo soberano e na sua maioria heterossexual (graças a deus), poderemos então decidir se a vida dos outros nos incomoda. se eles têm amor suficiente para educar uma criança, se ela será feliz. se tivermos juízo talvez votemos não, porque, caramba, a criança até pode sofrer traumas durante a sua infância por ter na escola crianças que gozam porque o menino tem duas mães, ou dois pais. quanto a isto tenho tanto a dizer mas vou cingir-me a apenas um comentário. a falta de tolerância e a ignorância são os verdadeiros traumas difíceis de cuidar. não podemos defender os nossos miúdos da tolerância. não podemos defendê-los do direito de terem a família deles (porque se nos deixarmos de hipocrisias de merda percebemos que essas famílias existem mesmo que a lei não as reconheça) reconhecida legalmente porque isso traz um infinito número de vantagens que nem preciso enumerar aqui.

é isto que este governo nos está a fazer. este foi o dia em que o governo nos fez acreditar que é democrático decidirmos sobre o amor, sobre a família dos outros, sobre o conforto e segurança dos outros, sobre a legitimidade que os outros têm em educar os seus, em decidir em família o que é melhor, mais correcto, mais justo, transformando aquelas crianças em crianças menores e mais infelizes porque têm duas mães ou dois pais. não só não nos compete esta decisão como não nos compete nunca dizer a uma criança que a família dela não é válida baseando-nos apenas no género dos progenitores. porque é essa a mensagem que este "acto democrático" está a passar, que eu decido sobre a validade de uma família tendo apenas o género como bitola.

este governo já nos tinha tentado mostrar que o que é bom é ter trabalhinho, se for pago a horas então fomos bafejados pela sorte. já nos tinha convencido que não há cá merdas de quereremos ir ao hospital de "graça", ou à escola de "graça", que não há cá palhaços. que os desempregados não querem trabalhar e querem sugar-nos os nossos impostos em forma de subsídios, os reformados idem, os funcionários públicos igual. agora tentam convencer-nos que temos o direito e vá, o dever, de decidir se os casais homossexuais têm o direito de ter uma família como nós, os que estamos certos por termos feito a escolha certa de prevaricarmos com pessoas do género oposto.

filhos da puta

Referende-se a austeridade!