segunda-feira, 12 de março de 2012

Há dias estranhos...

A piolha acordou super bem disposta e super enérgica, por isso houve tempo para tudo de manhã, sem grandes stresses. Ficou na cama a ler e a beber o leitinho enquanto eu me arranjava e como hoje não era nem dia de judo nem de ginástica (em que tem que vestir fato de treino e vai de mau humor), vestiu a saia e a t-shirt num ápice. Houve ainda tempo para deixar o pequeno almoço ao papá (que incluiu um hamburguer, duas batatas fritas, duas fatias de pão de forma, um queque, uma banana, tudo da cozinha dela de brincar, e duas chávenas de café com pedrinhas lá dentro. Impressionante foi o facto de metade deste arsenal estar em cima da cara do R. e ele continuar a dormir profundamente.
No caminho fui-lhe a contar como tinha sido o meu fim de semana de lolitas e o comentário dela foi "deve ter sido tudo muito piroso e uma ganda seca!". Fiquei sem saber se era bom ou mau, porque entretanto fui interrompida pela imagem de um carro da escola segura, à porta da escolinha da miuda, com dois polícias lá dentro e um deles tinha uns binóculos que apontavam para nós (?????). Fiquei sem perceber se o polícia via mal e se tinha esquecido dos óculos em casa, ou estava a espiar as ratazanas escondidas nos arbustos.
Cheguei ao trabalho atrasada (raios partam os atrasos da carris) e trabalhei que nem um cão. Sempre que respirava fundo porque tinha acabado uma tarefa, zás, fica outra que me deixava sem respirar mais 20 minutos. Na hora de almoço fui ao pingo doce e consegui a proeza de estar meia-hora numa fila só para comprar pão. Como sou uma pessoa de ideias fixas, lá me mantive à espera (aquele pão ia ser meu nem que me custasse a vida) e chegou-me a passar pela cabeça que ou desatava a chorar ou me deitava no chão e dormitava um bocadinho.
O dia de trabalho chegou ao fim e fui namorar para a gulbenkian com os meus mais que tudo. Sem dar conta, casei-me 2 ou 3 vezes e a Laura quebrou o silêncio na Gulbenkian, aos gritos atrás de nós "agora têm que dar um beijo na boca!". Mas disse-o com tanta convicção (tantas vezes e tão alto) que só volto lá bem disfarçada, para ninguém me reconhecer.
Por outro lado, também aprendi (eu e toda a gente que estava a descansar no relvado) que os patos andam aos pares. É verdade. Aos 31 anos, um pionés de 4 anos e meio ensinou-me uma coisa que nunca me tinha passado pela cabeça. Os patos, pelo menos os dali, andam aos pares. Um castanho e um daqueles meio verdes e azuis.
Chegámos a casa, brincámos a encestar um balão no meu escorredor da salada (ideia do pai, claro). Depois dei banho à Laura, à barbie sereia e ao pequeno póney. Jantámos e a pequenota foi brincar com a Essi. Fez-lhe festinhas na barriga, abraçou-a e pumba! o raio da cadela deu-lhe uma dentada na testa! Não sei o que se passou, a Laura ficou super sentida, chorou imenso e a Essi levou 3 berros, uma palmada bem dada e "O" sermão, com o meu indicador espetado na direcção daquele focinho de raposa "Olha Essi Maria, de todos os cães do mundo, de ti é que eu não esperava! Vai já para a cama, que não te quero ao pé de mim! Devias ter vergonha! Uma cadela da tua idade! Foste muito má!" A Laura lá se acalmou (foi mais o susto) e a Essi ficou de castigo, super infeliz e toda encolhida. Rapidamente fizeram as pazes, trocaram beijinhos e miminhos, que não aguentam estar muito tempo zangadas uma com a outra. Eu demorei um bom bocado a perdoar a Essi. A Magali abanou o rabo o tempo todo. Não deve ter percebido nada do que passou e com certeza lhe passou pela cabeça que tanto alarido ia dar direito a um biscoito. A Essi não comeu ração de salmão ao jantar e a Laura na hora de ir para a caminha já não tinha nada marcado na testa.
E pronto, foi isto. Quis partilhar o meu dia convosco.

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