domingo, 13 de fevereiro de 2011

Tudo o que se pode exigir de um sábado

Acordar com a piolha no meio de nós, bem disposta e a dar os bons dias com beijinhos e abraços.
A Essi e a Magali dançam sapateado no soalho e abanam as caudinhas, como que a pedir para irem ao jardim apanhar sol.
Pequeno-almoço no vale dos lençóis, banhinho e siga para a manhã mais desejada de toda a semana:




Tudo corre bem. Está sol. O meu pai vem beber café comigo e pomos a conversa em dia.
A Laura dança feliz e faz-me esquecer de todo o mal que existe no mundo. É a minha (nossa) fada da cor e da alegria.
Brincamos no autocarro que nos traz de volta a casa. Saímos na paragem para ir comprar massa de lacinhos, que tinha prometido para o almoço, e dançamos para atravessar a rua.
De volta a casa. A Laura é a mãe dos bebés e eu sou a avó, enquanto o almoço coze. Lemos-lhes a história da caracolinhos de ouro.
O pai chega e almoçamos. É tão bom estarmos juntos.
Mais uma saída. Não, o pai não pode vir connosco porque tem que ir trabalhar. Vamos ver a peça e depois contamos tudo ao pai.
Num dos 2 autocarros que apanhámos para chegar ao destino a Laura começa a esfregar os olhinhos. "Faz ó-ó, menina da mãe, faz ó-ó que o soninho já vem". Não consegue adormecer porque diz que as pessoas estão zangadas, falam alto e não se sente confortável. Nada que um colinho não resolva.
Na paragem seguinte, há um jardim. Apanhamos malmequeres para enfeitar o nosso ninho.
Mais um autocarro e chegámos.
Com os olhinhos a brilhar porque a mãe a levou ao teatro. Responde ao La Féria que não é bebé e entramos na sala.
Apagam-se as luzes e sussurra-me ao ouvido: não tenhas medo, mãe. É mesmo assim.
Bateu palmas do princípio ao fim da peça. Cantou, dançou, riu-se! Ralhou com um dos actores porque se sentou em cima das flores do cenário.
Tudo estava perfeito: o sítio do picapau amarelo que eu conheci estava ali. Consegui acreditar. Os adereços, os cenários, as músicas... tudo estava impecável! Comovi-me! Não quero parecer saudosista, mas sinto umas cóceguinhas na barriga quando a minha piolha vibra com as coisas que eu vibrei quando tinha a idade dela.
Saímos e cruzámo-nos com um palhaço: uma moeda em troca de um balão em forma de flor. Seguimos para o metro de regresso a casa. Passámos pelo jardim dos montes.


Hora da sesta, muito agarradinhas para não termos frio.

O pai chegou e nós acordámos.

Vamos festejar do dia dos namorados! Vamos cometer uma loucura e vamos jantar fora!

E fomos! E soube-nos tão bem. Conversámos, fizémos desenhos na toalha de papel e vimos a lua a conversar com as nuvens.

Porque somos a família perfeita. A família mais bonita que alguma vez conheci. A família que se ama até mais não. A família mais feliz do universo e arredores!

4 comentários:

  1. Adorei ler-te, sentir-vos perto de mim :)

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  2. oh que lindo! Quem bom chegar a 2ª feira e ler isto!

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  3. Rosinha: que bom chegar a 2ª feira e ter-te aqui :)

    Teresa: beijinhosssss com saudades!!!

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  4. que bom minha família do coração... que bom!

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