Time of my life

Ao som da banda sonora do Dirty Dancing percebi que o feel blue está fora de moda. No meu caso a vida em estilhaços cola-se com a própria vida e isso é fantástico e muito raro. A atitude é pegar no que nos faz sentir blues e deitar fora. Que dificuldade é que isso pode ter? Aproveitar os restos de melancolia para escrever um bocado, deixá-la na poesia e aproveitar a magia destes dias de amigos, danças, cursos que me enchem o coração, amigos outra vez, noites boas no palácio, concertos de amigos, promessas de teatro e poesia, livros livros livros, viver para e com os livros. Saber que me encaixo nos trintas a fazer e a ser exactamente aquilo que eu queria desde a altura em que este sítio onde estou era quase uma miragem.
Faço SOS baixinho tentando que não me peçam milagres mas que me vejam assim carne e pele e me dêm amor nas doses certas. Porque este último ano tem mesmo sido o Time of My Life porque fui mais eu do que nunca, amei como nunca, vivi como nunca a vida que eu escolhi. E se às vezes enfraqueço e me deixo derrubar é porque amo as pessoas que me desaparecem e custa-me vê-las a fugirem-me das mãos. Mas prefiro sentir desmesuradamente que ser muro.
Now I've had the time of my life / No I never felt like this before / Yes I swear it's the truth (tu tu ru tu tu tu ru tu)